Banha da cobra, influenciadores e o poder do dinheiro
agosto 02, 2019
Há coisas que me tiram do sério. Algumas arrancam-me apenas um revirar de olhos. Outras pedem que gaste com elas alguns minutos de atenção. É o caso.
Não é muito difícil que quem anda pelo Instagram se cruze com gente que nos enfia códigos de desconto da Prozis pelos olhos dentro. Mais figura pública, menos figura pública, o que não falta são 10% de desconto + ofertas a rodos. Nada contra.
Antes de avançar, importa referir: sou cliente da marca, consumo whey e manteiga de amendoim deles, já usei códigos de desconto (e quando escolho o código a usar ganha o que tiver a oferta melhor - os descontos são sempre de 10%, mas as ofertas associadas variam de influenciador para influenciador e mudam semanalmente), estes produtos são bons e têm uma boa relação qualidade/preço e isso é o que me importa. Estou-me nas tintas para quem são os "embaixadores" da marca.
Então a que propósito é que vem este post? Pois que a Prozis resolveu "lançar" uns electroestimuladores de abdominais, que vende a 50€. Aquilo é uma maquineta que se cola à barriga, emite choques e... bom, e nada. Mas pronto. Também há quem acredite que a Nossa Senhora apareceu em cima de uma árvore, não é?
Já todos vimos a Carolina Patrocínio e a sua barriga, certo? Ela já tinha a barriga traçada muito antes dos electroestimuladores, mas agora divulga-os, como se aquilo fosse a solução milagrosa. Ela e mais uma carrada de gente fit (que são quem fornece os tais códigos de desconto) desataram a divulgar aquilo. E há-de haver quem compre aquela merda e acredite que aquilo resolve alguma coisa.
Ou seja, temos maquinetas inúteis, vendidas a um preço absurdo, e divulgadas por pessoas que têm corpos magros e tonificados, que conseguiram com muito trabalho árduo, mas sem a intervenção daquela porra. Isto faz algum sentido? Para mim, não. É só mesmo vender banha da cobra a preço de caviar. E por falar no preço... A mesmíssima coisa, no Aliexpress, custa... menos de 10€.
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